Hoje em dia, quase todo mundo já ouviu falar de alguma celebridade que começou sozinha criando conteúdo no YouTube. Seja na área educativa, de entretenimento, debate, beleza ou resenhas, cada uma destas pessoas iniciou sua trajetória criando conteúdo sobre algo pelo qual se interessava.
Na maior parte dos casos, elas não estavam inicialmente pensando em lucrar ou ganhar dinheiro no YouTube, mas apenas queriam criar tais coisas e compartilhá-las com o público.
Atualmente, ser youtuber é uma profissão reconhecida, e existem até cursos para isso. Mas não importa se sua intenção sempre foi atuar como criador de conteúdo profissional, é possível monetizar seu trabalho mesmo como amador.
Alguns youtubers são verdadeiras estrelas do momento, e muitos chegam a ganhar milhões. Pedro Afonso Rezende, ou Rezendeevil, tem uma renda aproximada de R$ 1,5 milhões de reais anualmente por conta do seu conteúdo sobre games. O Felipe Neto, que já produz conteúdo há mais de uma década, chega a ganhar mais de um milhão, isso sem contar o licenciamento de produtos com sua marca.
Evidentemente, estes valores não são possíveis para todo mundo, mas mesmo canais menores podem monetizar seu conteúdo. E um dinheiro a mais é sempre bem-vindo, não é mesmo? O potencial de ganho não se relaciona apenas com o número de inscritos e as visualizações, o nicho no qual atua e o nível de engajamento dos seus seguidores também são fatores cruciais. Ou seja, a primeira coisa a se fazer é entender bem quem é seu público-alvo. O que estas pessoas querem? O que buscam? Quem são? Para tanto, pesquisas de mercado e a elaboração da sua buyer persona podem ser etapas essenciais. No primeiro passo, você descobre o que querem seus seguidores e no segundo, delineia uma pessoa idealizada com base nestas informações.
Ao fazer isso, é importante saber dados como a distribuição de gênero do seu público, faixa etária, localização geográfica e tempo médio de visualização.
Como ganhar dinheiro no YouTube - estratégias e dicas
- Programa de parcerias do YouTube
- Habilite anúncios nos vídeos
- Atue como influenciador
- Solicite apoio financeiro dos fãs
- Venda produtos e mercadorias
- Licenciamento de conteúdo
- Financiamento coletivo para seus projetos
- Marketing de afiliados
1. Programa de parceria do YouTube
O programa de parceria do YouTube permite que criadores participem de diversas formas de monetização em seus vídeos, como rendas oriundas de anúncios, assinantes premium, agradecimentos, assinaturas e a possibilidade de vendas diretas.
Além disso, os participantes contam com suporte ao criador e a ferramenta de copyright matching, que automaticamente identifica correspondências na plataforma, protegendo suas criações. O programa não é a única maneira de lucrar na plataforma, já que é possível encaminhar espectadores para seu site ou loja, ou atuar como influenciador e receber por isso, mas ele facilita muito na monetização.
Para se qualificar, é preciso atender às diretrizes estipuladas, e ser aprovado após cadastro. Para se inscrever:
- Abra o estúdio do criador no YouTube
- Toque em Monetização na parte inferior da tela
- Inscreva-se e aceite os termos
- Clique em iniciar para vincular sua conta
Mais de 50 bilhões de dólares já foram pagos a criadores no âmbito do programa, um valor impressionante que só tende a aumentar.
2. Habilite anúncios nos vídeos
Após ter sido aceito no programa, você já pode habilitar anúncios nos seus vídeos. Esta é a forma mais fácil de monetizar seu conteúdo. Os anúncios podem ser curtos ou longos, permitindo que os espectadores os pulem ou não. Lembre-se que você não tem controle sobre isso, mas pode escolher se anúncios muito longos (acima de 8 minutos) apareçam ou não no meio do vídeo, o que ocasiona interrupções para quem os assiste. É possível verificar o que gera ou não receita na sua aba de monetização.
3. Atue como influenciador
O marketing de influência está com tudo, e as marcas cada dia mais percebem o valor existente neste método de publicidade. Vantagens como a possibilidade de falar diretamente com seus nichos e públicos e direcionar seus esforços aumentando vendas com orçamentos muito menores atraem mais e mais empresas para este tipo de campanha.
Nele, as empresas formam parcerias com criadores que se encaixam na sua proposta e têm seguidores parecidos com o público-alvo que desejam alcançar. Como recompensa, você recebe comissão pelas vendas geradas através do seu conteúdo, ou uma porcentagem pela quantidade de visualizações num vídeo onde fale sobre a marca.
Se o seu conteúdo for de qualidade e seu ramo de atuação lucrativo, você pode até negociar comissões acima dos valores básicos do mercado. É claro que as possibilidades de ganho variam muito de acordo com seu público, área de atuação, alcance, engajamento e número de seguidores. Quanto mais engajado o público, maior será o interesse das marcas. E isso não está necessariamente ligado apenas a grandes volumes de seguidores, já que hoje existem os chamados micro e nano influenciadores, que possuem audiências menores, mas altamente engajadas e influenciadas por suas opiniões.
Mas, atenção, ao promover conteúdo patrocinado é essencial se manter transparente. O público não reage bem quando se sente lesado, enganado ou pensa que alguém perdeu a autenticidade e a imparcialidade. A confiança das pessoas é um dos bens mais preciosos para a monetização do seu conteúdo. E não é necessário ficar esperando uma marca fazer uma proposta, é possível se cadastrar em mercados de influenciadores, dentre eles:
- Famebit: oferece uma ampla variedade de lojas, para que você encontre aquilo que realmente se encaixa na sua proposta e agrega valor ao seu canal. Mínimo de 5.000 seguidores.
- Channel Pages: conecta youtubers com marcas.
- Crowdtap: um modelo interessante no qual você realiza pequenas tarefas de criação de conteúdo em troca de valores monetários ou recompensas. Sem número mínimo de seguidores.
Os valores recebidos podem variar desde produtos gratuitos até grandes montantes. Coloque sua marca pessoal como criador em todos os lugares possíveis, otimizando ao máximo sua visibilidade enquanto criador. E não deixe de consultar o Guia do YouTube para a inserção de produtos pagos para se certificar de fazer tudo de acordo com as regras.
4. Solicite apoio financeiro dos fãs
Quem gosta do seu conteúdo, aprecia seu trabalho e quer ver mais dele pode estar disposto a financiar suas atividades, de acordo com o que é possível para o bolso de cada um. Você fornece seu conteúdo gratuitamente para quem quiser ver, mas quem realmente curte suas criações pode estar disposto a colaborar. Isso pode ser feito na forma de assinaturas mensais que dão direito à conteúdo exclusivo como contrapartida.
Substack e Patreon estão entre as opções mais famosas. Nelas, artistas ou criadores recebem valores e disponibilizam criações não disponíveis gratuitamente para seus apoiadores.
Fora as assinaturas, fãs podem doar quanto e quando quiserem através de plataformas como Tipeee, Buy me a Coffee, Ko-Fi ou E-gorjeta.
Mas também é possível que seus fãs doem como, quanto e quando querem através do próprio financiamento por fãs do YouTube, que funciona como uma espécie de recipiente para gorjetas virtuais. Seu canal no YouTube precisa estar habilitado para publicidade para que esta funcionalidade fique disponível.
5. Venda produtos e mercadorias
Alguns criadores de conteúdo utilizam seus canais para promover a venda de merch como camisetas, meias, xícaras, livros, sacolas e outros artigos com a própria marca do canal. Eles vendem as mercadorias para seus fãs, que geralmente apreciam a oportunidade de apoiar seus ídolos e ter produtos exclusivos.
O criador não vende apenas uma camiseta, mas um estilo de vida, uma ideia, algo que faz com que o comprador se sinta bem ao passar a mensagem daquilo com o qual se identifica.
Há muitas empresas e autônomos que oferecem design e confecção deste tipo de produto, sejam camisetas, designs, livros ou outros. Outra opção é trabalhar com o modelo de dropshipping, livros e impressão sob demanda, onde você terceiriza a produção e até o envio das mercadorias, sem ter que investir antecipadamente ou manter seu próprio estoque.
Deixe a criatividade correr solta ao pensar nos tipos de produto que pode comercializar, pensando sempre no nicho que atende e no interesse das pessoas presentes nestes círculos. Quando você já tem seus seguidores, este tipo de comércio é muito mais fácil, já que você gera seu próprio tráfego e já conta com a confiança das pessoas.
6. Licenciamento de conteúdo
Veículos de imprensa, notícias ou programas de televisão podem ter interesse em comprar os direitos para usarem seus vídeos, caso eles se tornem virais. Além disso, mercados abertos como o Jukin Media permitem que você liste sua criação para possíveis ofertas de compras de licenciamento.
7. Financiamento coletivo para seus projetos
Se tem projetos ou sonha em empreender, o financiamento coletivo é uma ótima opção para conseguir tirar os sonhos do papel. Se o seu público acredita em você e você sabe que vai entregar o que promete, você já tem tudo para empolgar doadores e financiadores, que podem receber atualizações, produtos exclusivos, acesso VIP e contribuir através de plataformas como Kickstarter, Indiegogo e Kickante.
8. Marketing de afiliados
No marketing de afiliados, você ganha comissões por indicar produtos ou serviços através de um link exclusivo. Cada vez que alguém compra através da sua indicação, você ganha. E os programas variam desde os mais básicos, até aqueles baseados em assinatura com comissões e recorrentes e no mercado corporativo, de luxo ou de alto valor. Além de fazer inscrição diretamente com as marcas, você pode explorar redes como Affiliate Future ou ShareASale, ou mesmo participar do programa de afiliados da Shopify, ideal para quem cria nas áreas de tecnologia e comércio eletrônico.
Números e dicas adicionais
Além das opções acima, caso trabalhe com comércio eletrônico, adicionar links nos vídeos é uma ótima maneira de encaminhar para sua loja virtual.
Observe também que, ao monetizar seus vídeos no YouTube, você recebe por cada mil visualizações, em valores que atualmente podem variar entre R$ 1,00 e R$ 19,00, dependendo do criador, se os espectadores clicam nos anúncios ou por quanto tempo os assistem. O engajamento também é um fator muito importante na hora de determinar o sucesso das suas táticas de monetização.
Não deixe de divulgar seus vídeos em todas as redes e plataformas disponíveis, sejam outras redes sociais, blog, lista de e-mails ou grupos em aplicativos de mensagens. Quanto mais gente ver sua mensagem, maior são suas chances de ganhar dinheiro no YouTube. Mais seguidores engajados significa mais bufunfa. Simples assim.
Os cards também são uma boa maneira de chamar a atenção para informações importantes, e um vídeo bem feito e editado faz toda a diferença. Outra dica de ouro é seguir todas as diretrizes da plataforma com relação à conteúdo sensível. Pronto para começar a ganhar dinheiro no YouTube? A hora é agora!
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Perguntas frequentes sobre como ganhar dinheiro no YouTube
Como ganhar dinheiro no YouTube?
O YouTube é uma das maiores plataformas do mundo, onde pessoas passam horas e horas assistindo vídeos de todos os tipos. Sendo assim, as oportunidades de ganhar dinheiro são amplas. Seja reforçando a presença da sua marca ou através de anúncios, parcerias, financiamento pelos fãs ou marketing de influência.
Qualquer criador de conteúdo consegue monetizar?
A princípio, sim. Mas para que isso seja uma empreitada que vale a pena financeiramente, é preciso ter um conteúdo de qualidade, ser autêntico, conquistar inscritos e conhecer muito bem as especificidades e desejos do seu público.
Posso vender produtos pelo YouTube?
Sim, quem tem uma boa quantidade de seguidores pode vender produtos e promover sua loja e até mesmo criadores de conteúdo e influenciadores podem vender camisetas, xícaras, livros e outros artigos com o tema do canal.