Vivemos na era da monetização de conteúdos.
Pessoas de todo o mundo construíram verdadeiros impérios apenas com um celular e uma rede social, registrando cenas do cotidiano e opiniões pessoais sobre o que está acontecendo no mundo. Atualmente, contamos com celebridades das mais diversas nas plataformas de redes sociais: blogueiras, empreendedoras, instrutores de ioga, atletas... A lista do que hoje chamamos de “influenciadores digitais” é extensa.
O motivo para tamanho sucesso é simples: onde há um público-alvo, há a possibilidade de monetizar os conteúdos que estão sendo produzidos.
É verdade que existe uma ideia já bastante difundida de que, para ser um influenciador, você precisa ser descolado; no entanto, precisamos nos afastar da noção de que o mundo dos influenciadores é um de elite. Qualquer pessoa pode criar conteúdos exclusivos e publicá-los nas redes sociais, em sites, webinars ou mesmo em listas de e-mails e ganhar dinheiro com isso.
A oportunidade de monetização, é claro, aumenta consideravelmente nas parcerias com marcas que possuem os mesmos valores e o mesmo público-alvo que o seu.
Quando pensamos em um “influenciador”, pensamos imediatamente em uma celebridade virtual que possui milhões de seguidores e fãs nas redes sociais – só que não é bem assim. Na verdade, várias marcas estão descobrindo que um grande número de seguidores não significa, necessariamente, um conteúdo de boa qualidade (e muito menos um alto número de compras).
Um público menor, mas muito mais ativo e engajado, tem mais chances de se tornar um público fidelizado; especialmente se levarmos em conta o fato de que, em públicos-alvo gigantescos, o número de pessoas inativas nas redes sociais é bem alto.
Criadores de conteúdos podem ser influenciadores, porta-vozes, embaixadores e muito mais: o nome, na verdade, não importa. O que importa é a função. Esses profissionais precisam inspirar, informar, educar e empoderar o público que os segue.
Não importa o nome: criadores de conteúdos precisam inspirar, informar, educar e empoderar o público que os segue.
Neste artigo, vamos discutir algumas das estratégias mais utilizadas para monetizar conteúdos, avaliar os prós e contras de um modelo de monetização que costuma ser ignorado e destacar a importância das parcerias com outras marcas.
Vamos começar?
Leitura recomendada: Como configurar um Programa de Afiliados para sua loja da Shopify.
Como um conteúdo é monetizado?
Qualquer criador de conteúdo – ou seja, qualquer pessoa que compartilha conteúdos próprios na internet – pode monetizar as mensagens que está criando; basta firmar uma parceria com marcas mais famosas.
O marketing de influência ainda é uma novidade para as marcas mais estabelecidas, e muitas estão à procura de influenciadores com potencial de vendas. Só que, para a grande maioria dos envolvidos, o caminho para o sucesso ainda não está muito claro.
O marketing de influência ainda é uma novidade para as marcas mais estabelecidas, e muitas estão à procura de influenciadores com potencial de vendas.
O problema, mais uma vez, está na palavra “influenciador”. A grande maioria das marcas, afinal, ainda não entendeu o poder que essas celebridades virtuais exercem nas redes sociais. Além disso, também não fazem ideia de como iniciar um diálogo com esses profissionais.
E tem mais: como, afinal, os influenciadores são pagos?
Bom, as respostas podem variar significativamente dependendo do nicho, do produto a ser anunciado e, claro, do tipo de conteúdo que será criado pelo influenciador.
Os posts patrocinados constituem a prática mais comum de monetização de conteúdos e são especialmente populares entre os influenciadores digitais, que recebem um valor fixo por publicação. O problema com esses posts é que, assim como um anúncio ou comercial de TV, não há como avaliar se o conteúdo está sendo bem-recebido e nem se resultará em um número maior de vendas.
No entanto, é possível criar uma parceria com uma vida útil que supere a de um único post patrocinado. Um exemplo poderoso é o marketing de afiliados, no qual os afiliados à marca recebem um percentual sobre as vendas que geraram com seus conteúdos próprios, bem como recompensas financeiras pelos downloads, inscrições e fidelizações impulsionadas por suas publicações.
O marketing de afiliados é apenas um exemplo daquilo que chamamos de modelos de desempenho, mas vale lembrar que é uma estratégia extremamente positiva para marcas e criadores de conteúdo. Por um lado, permite que as marcas possam investir em influenciadores sem incorrer em possíveis prejuízos; por outro, ajuda os criadores de conteúdos a ampliarem o alcance de suas próprias marcas.
Vejamos, então, alguns dos principais benefícios do marketing de afiliados para criadores de conteúdos:
- Um número maior de parceiros comerciais. Dentro de um modelo de desempenho, há sempre espaço para novas parcerias;
- Lucro constante. Trabalhar com comissões significa ganhar um valor mais ou menos fixo todo o mês, o que potencialmente pode ser mais benéfico do que ganhar uma única taxa por um único post;
- Clientes fidelizados. Se você conseguir construir uma parceria rentável, as marcas continuarão a investir nos seus conteúdos;
- Os links de produto e promoções que os afiliados recebem costumam ser links rastreáveis, o que significa que tanto você como a marca poderão acompanhar o desempenho das estratégias de marketing;
- Otimização. No marketing de afiliados, tudo se resume ao desempenho do afiliado e à otimização do conteúdo que está sendo anunciado. Isso significa que sempre há espaço para melhorar.
Há muitas maneiras de monetizar conteúdos, mas as duas estratégias mais comuns (e mais polêmicas) são as tarifas fixas e as comissões. A monetização de conteúdos ainda é um assunto relativamente novo, especialmente para os próprios influenciadores; por isso mesmo, é normal que o tema acabe gerando debate.
Afinal, um conteúdo monetizado pode ser autêntico?
O grande objetivo de qualquer marca é estar onde os seus clientes estão. E, se por um lado, a era da internet possibilitou uma conversa direta entre esses últimos e as marcas que eles seguem, por outro, também aumentou o desejo de transparência.
Fato é que os clientes querem descobrir marcas com valores como os seus, feitas sob medida, criadas por sujeitos acessíveis ou então por pessoas que eles admiram. E isso vai na contramão do que era feito até poucos anos atrás, quando as grandes marcas criavam mensagens impessoais e comerciais genéricos.
É por isso mesmo que tantas marcas estão em busca de criadores de conteúdos: de pessoas que possam contar a história da marca e destacar os benefícios pontuais de seus produtos, gerando um processo de compra exclusivo e diferenciado.
Em outras palavras: os criadores de conteúdo estão se transformando em um poderoso canal de marketing.
Por que, então, o tema tem gerado tanta discussão?
Bom, primeiro porque há uma questão importante: o dinheiro está envolvido em uma relação que, à primeira vista, deveria ser totalmente transparente.
Para o grande público, um dos grandes benefícios de uma parceria entre marcas e criadores de conteúdos é a possibilidade de receber dicas e informações relevantes sobre os produtos; mas, como a mensagem do influenciador está sendo paga pela marca, a sua sinceridade é constantemente posta em xeque.
A crescente regulamentação sobre o tema, bem como a determinação de que os seguidores saibam que estão vendo um post patrocinado, tem contribuído bastante para aumentar a transparência do que é produzido nas redes sociais.
No entanto, é importante frisar que a monetização não é uma prática ilegal.
Monetizar conteúdos não significa copiar ou plagiar outros conteúdos. É criar uma experiência autêntica.
Monetizar conteúdos não significa copiar ou plagiar outros conteúdos.
Na verdade, o trabalho dos melhores criadores de conteúdos da internet é totalmente criativo, pois o objetivo é criar uma experiência autêntica. A ideia de que conteúdos monetizados não passam de conteúdos fraudulentos é mentirosa e precisa ser combatida.
Jack Conte, o CEO do Patreon, tem um excelente relato sobre a sua trajetória com a criação de conteúdos. Antes do Patreon, Conte trabalhava como músico em uma banda e ainda se lembra vividamente do que sentiu quando a Hyundai quis usar uma de suas músicas em um comercial: um medo assustador de que seus fãs o desertassem, achando que ele havia “se vendido” para uma grande marca.
No entanto, a parceira com a Hyundai não só trouxe um enorme lucro como também apresentou a banda para um público ainda maior.
Conte e sua banda aproveitaram uma oportunidade única para que pudessem continuar a fazer o que amavam: tocar música para seus fãs. E isso significou tomar uma decisão importante sem deixar de pensar no público-alvo.
Os criadores de conteúdos enfrentam esse mesmo dilema. É por isso que todos possuem duas grandes prioridades:
1. Tratar os seguidores com carinho e atenção. Para que o sucesso seja duradouro, é essencial que os conteúdos transmitam um valor real e não passageiro. Por isso mesmo, é tão importante trabalhar com marcas que possuam valores semelhantes aos que já são explicitados nos perfis dos criadores.
O segredo está no cuidado: esses criadores se preocupam com seus seguidores e querem que eles desfrutem de um bom conteúdo. Assim, jamais trabalhariam com marcas que não promovem a mesma mensagem. Trabalhar como criador ou influenciador, afinal, é colocar as necessidades do público-alvo em primeiro lugar.
2. Buscar novas maneiras para otimizar a monetização. Criadores de conteúdo precisam avaliar quais são as melhores estratégias de monetização para que possam atingir seus objetivos a longo prazo, sem que comprometam a autenticidade da marca.
Leitura recomendada: Conteúdo nas redes sociais: fonte de valor agregado.
A nova era da monetização de conteúdos
Se você ainda se lembra da vida como ela era antes das redes sociais, provavelmente se lembra de folhear uma revista e encontrar páginas inteiras de anúncios.
Mas a publicidade impressa não existia apenas nessa forma mais tradicional: ela também estava presente, ainda que de maneira mais discreta, nas entrelinhas de um artigo como “As melhores tendências do verão”, que vinha recheado de menções a marcas, dicas de beleza e produtos que podiam ser usados em casa.
Esse tipo de conteúdo nada mais é do que uma outra forma de monetizar a publicação, pois as marcas envolvidas pagavam um certo valor à publicação para que fossem mencionadas em artigos e em outras mensagens. A prática é comum ainda hoje e, muitas vezes, representa uma parcela significativa dos lucros da publicação.
A melhor parte? Se for feita da maneira correta, também é extremamente valiosa para o leitor.
Atualmente, um número impressionante de influenciadores digitais vem reformulando a monetização de conteúdos com a criação de anúncios orgânicos. Nesse cenário, são os próprios influenciadores que escolhem as marcas com as quais querem trabalhar, os produtos que desejam anunciar e as experiências que serão compartilhadas com os seguidores.
Até pouco tempo atrás, celebridades que promoviam um produto em uma revista recebiam uma tarifa fixa pelo trabalho. Mas isso foi antes da era digital e bem antes das ferramentas que nos permitem avaliar o desempenho de certos anúncios.
Na era das redes sociais, é possível avaliar de maneira concreta o sucesso de uma campanha de marketing e pontuar até mesmo o exato momento em que cliente acessou o site da loja.
Esses dados coletados ajudam as marcas a identificarem as melhores estratégias de publicidade – e, claro, a localizar os criadores por trás do sucesso. Se você trabalha como afiliado e consegue indicar clientes, realizar vendas e fidelizar um bom número de pessoas, a marca se mostrará disposta a investir mais no seu nome e nos seus conteúdos.
Também pode ser uma boa ideia investir nos seus próprios programas de avaliação de desempenho. Com esses dados em mãos, você poderá explorar novas estratégias de monetização, defender o valor da sua marca e, claro, justificar as alterações realizadas.
Dentro da realidade da mídia digital, os criadores e influenciadores podem monetizar seus conteúdos de maneiras diversas – e as marcas, por sua vez, podem avaliar de maneira concreta os resultados que estão sendo gerados. Longe de ser um campo de batalha, esse cenário pode se transformar em um espaço benéfico para o criador, para a marca e até mesmo para o cliente.
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Sobre a autora
Carolina Walliter é escritora, tradutora, intérprete de conferências e editora-chefe do blog da Shopify em português do Brasil.
Post original em inglês: Laura Andersen
Tradução e localização: Marcela Lanius
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